a carne


Caros leitores,



seguindo meu intuito de publicar neste blog ao menos um texto por mês, é chegado o momento, no finzinho do segundo tempo, de escrever.



É... posso contar um pouco do que vivi neste tempo sem postagem.



Instalei o Linux Ubuntu no PC, e por causa dele atrasei minha vida virtual. O sistema é forte, seguro, leve e livre, mas para concorrer com o Windows ainda acho que há muito chão.



Este ano tomei como meta me aprofundar nos estudos do meu instrumento musical, o cavaquinho (ou cavaco, como queiram). Estou estudando com Wellington Pinheiro, um cara que até com Yamandu Costa já tocou. E pra tocar com Yamandu não é qualquer Chimbinha, viu? O método utilizado nas aulas tem sido a tablatura, para aumentar meu repertório "solístico". A tablatura funciona de uma maneira muito diferente da partitura, vez que nesta não há necessidade de se conhecer previamente a peça a ser executada. Não sei se existe uma tablatura padrão, com códigos específicos para indicar os elementos. É uma bom pretexto para uma pesquisa.



Continuo estudando Comunicação Social. Acredito que boa parte dos estudantes do curso tem uma mentalidade de ensino médio, por assim dizer. Isto porque não vejo muita movimentação na busca de extensão e pesquisa nem participação maciça nas lutas políticas ou filosóficas. Enfim, muitos não se sentem produtores de conhecimento, ainda estão no "esquema de escola, cinema, clube e televisão" (Renato Russo). Vejo pessoas conversando e olhando orkut e MSN durante as aulas. Vejo professores se degladiando, capricho de egos inflados. Vejo servidores técnicos desmotivados, sem sentido... E agora veio a chuva, alagando toda inércia daquele bloco. Será que acordaremos desta vez?



Comprei um livro intitulado O Vazio da Máquina, de Andŕe Cancian. O autor é de Catanduva, São Paulo. Ele mantém um site (ateus.net) com textos que acompanho desde minha adolescência. O Vazio da Máquina é um soco no estômago de quem se acha muito importante por ser gente.



O chorinho do Grupo Confraria Alagoana do Choro, no Orákulo, outra vez me surpreendeu. Se pudesse iria todos os sábados. Já dei uma canja lá, a convite do meu professor Wellington. O nível dos músicos é elevado. Eles tocam todos os sábados, há oito anos, caminhando para nove. Isso é que é sucesso! Mas infelizmente Maceió ainda não consegue ser um centro artístico de criação e divulgação. Por isso, as músicas tocadas pelo Confraria Alagoana do Choro são as distribuídas pelo eixo Rio-São Paulo.



Como neste texto há música e comunicação, mato dois coelhos numa cajadada só e o publico em meus dois blogs.



Sempre lembrando que “a carne mais barata do mercado é a carne negra” (Seu Jorge, Marcelo Yuca E Wilson Capellette)!

Comentários

Bruno MGR disse…
É velho, muito difícil se motivar naquele bloco de Comunicação Social. É triste, mas a verdade é torcer para a Colação chegar rápido.
Wagner Marques disse…
QUE LEGAL!

UMA GARANHUENSE COMO EU!
Isolda disse…
Salu, que saudade de você, rapaz. Olha, gostei do programinha dos sábados, viu? Fiquei com vontade de ir. Vamos marcar – nós e nossos respectivos parceiros?

Outra coisa que me chamou atenção no seu texto foi a paixão pela Comunicação – mesmo percebendo que ela não traduz o nosso desejo ao escolher uma faculdade (às vezes fica longe disso!).

Já passei por tudo isso, camarada. Incomoda esse jornalismo quieto, que se faz em todos os lugares do mundo, e que não se parece nada conosco – se é que não estamos também ficando parecidos com ele. É um jornalismo jovem que parece velho e caduco. Vamos fazer diferente toda vez que pudermos? Nosso pacto!

Ah, e claro que ‘conheço’ o Wado. Ando com ele em mp3.

Abraço.
Isolda.
Anderson Santos disse…
Essa situação do COS é complicada. A maioria das pessoas com que converso, as que querem cursar (mesmo) Comunicação, estão altamente desmotivadas.

O que me salvou das crises - inclusive a tradicional do 3º ano - foram as coisa que busquei por fora do curso: estudos que conheci no Mov. Est., outros professores e, principalmente, meus blogs.

Continuo atolado de coisas para fazer, mesmo fora do ME, mas gosto de fazê-las.

PArabéns pela iniciativa de melhorar no que faz!
faz tempo q naum passo por essas bandas!! bom saber q tua indignação ainda tá ai. Mesmo assim mantenho a provocação: isso basta??

abraços meu velho!!
Anônimo disse…
Orkut e msn vida virtual, mundo paralelos...

Quando você falou em professores se degladiando, lembrei o que pensei esses dias sobre a “competitividade acadêmica”.
Existe uma competição de quem produz durante a vida acadêmica, o CNPQ pontua os pesquisadores para aprovação de projetos, se sua pontuação é baixa são poucas chances, a seleção do mestrado também leva em consideração o currículo, enfim, seja aqui na academia ou lá fora a regra é:
P - R – O – D – U- Z –I – R.
Só tem valor quem produz.


Após o alagamento fiquei pensando “o que será do curso de comunicação social?”, afinal conheço suas deficiências, acompanhei as manifestações dos alunos em consequência da falta de professores, estrutura inadequadae e excesso de alunos graças ao REUNI. Agora mais essa...



Quero saber sua opinião sobre a não obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão...

Alguém me disse que o anuncio para o programa profissão repórter será “você sabe ler e escrever? Então, venha participar do profissão repórter. (rs,rs)

Brincadeiras a parte, você poderia escrever sobre os prós e os contras da decisão do STF.

:)
Anônimo disse…
Poxa você faz aula com os dos melhores músicos do nordeste
Queria saber como faz aula COM WELLINGTON também gosto muito de chorinho eu sei um pouquinho e queria aprende mais e mais se você se você poder me informar! Vou agradecendo.

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